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Você já deve ter pensado em fazer um intercâmbio alguma vez e, se ainda não pensou, seria muito bom para sua vida pessoal e profissional incluir essa possibilidade nos seus planos.
Se fizer uma rápida busca na internet, verá que existe uma profusão de textos falando sobre isso, 6 razões, 7 razões, n razões do porque deve fazer um intercâmbio.
Esses textos falam sobre aprendizagem de idiomas, novas amizades, ganhar confiança e independência, turbinar o currículo, conhecer novas culturas, ganhar experiência, saber lidar com a distância e a saudade, etc.
Tudo correto, mas creio que seja raso para falar do poder que uma experiência de intercâmbio possa trazer.
Para ir mais fundo no assunto é preciso definir o que pode ser considerado uma experiência de intercâmbio, que sirva ao menos para atingir o que está descrito acima. Um intercâmbio pode ser para ensino médio, idioma, acadêmico ou profissional.
O intercâmbio para ensino médio é o mais tradicional e já foi a modalidade mais conhecida pelos brasileiros há algumas décadas atrás. Neste tipo de intercâmbio, os alunos ficam de 6 meses a 1 ano e, o mais comum, é aquele onde o aluno finaliza o último ano do ensino médio no exterior.
O intercâmbio para aprender ou aprimorar um idioma é o mais popular hoje em dia. Isso tem ocorrido porque são cursos que não tem tantas exigências, há mais facilidade para brasileiros ingressarem em alguns países, como o Canadá e há bastante flexibilidade em relação a duração dos cursos, preços e formas de pagamento. Este intercâmbio pode ser conhecido também como intercâmbio cultural, onde o aluno poderá se aprofundar na cultura local, como: gastronomia, artes, dança, cinema, vinhos, etc.
O intercâmbio acadêmico é mais voltado para alunos que tem um nível de inglês avançado (no mínimo TOEFL 80) que permita acompanhar as aulas em uma universidade. Esse tipo de intercâmbio envolve programas de curta duração, cursos certificados, graduações, mestrados e doutorados.
O intercâmbio profissional tem elementos dos intercâmbios para aprender ou aprimorar idiomas e do acadêmico. Quando envolver idiomas, o aluno pode, por exemplo, participar de trabalhos voluntários no Canadá ou atuar em trabalhos remunerados na Austrália, Irlanda, Nova Zelândia ou Malta. Quando for acadêmico, após 9 meses de curso, o aluno poderá conseguir uma permissão de trabalho remunerado por até 1 ano (OPT – Optional Practical Training).
Com o entendimento das opções de intercâmbio, outro fator a ser analisado é o tempo de duração.
Qual o período mínimo para que a experiência possa ser considerada um intercâmbio? Eu pude constatar, em função da minha própria experiência (fiz um intercâmbio por 7 meses), que para considerar válida uma experiência de intercâmbio, o período ideal não pode ser inferior a 3 meses, isso se o aluno já estiver em nível intermediário do idioma, se for iniciante, no mínimo 6 meses.
Ou seja, passar um mês fora estudando também é uma experiência relevante, mas considero isso o que chamo de turismo ampliado, quando o turista aproveita esse período e conjuga atividades de estudo com atividades típicas de turismo. Isso não quer dizer que o aluno de intercâmbio não faça turismo também, claro que faz, mas esse não é seu objetivo principal.
Com pelo menos 3 meses, o aluno será capaz de gerar uma integração ao local, conhecer melhor a cultura, hábitos, identificar valores e comportamentos muito particulares daquela sociedade, etc. Com esse tempo dedicado ao estudo no exterior será possível considerar que fez um intercâmbio com todos os desdobramentos esperados para a experiência.
Contudo, creio que hajam alguns outros aspectos, raramente mencionados, que no meu entendimento e de outros profissionais com quem tenho conversado, fazem a real diferença e representam com muito propriedade o Poder do Intercâmbio. Esses aspectos são: Versatilidade, adaptabilidade, capacidade de encarar desafios com naturalidade e interesse em aprender coisas novas.
Esses aspectos conferem a pessoa que passou por um intercâmbio, uma enorme vantagem competitiva em relação as demais, pois todos eles ficam explícitos pelo simples fato de ter uma vivência em uma empreitada como esta. Não subestime o poder de realizar um intercâmbio e, em como isso poderá impactar sua vida, seja no campo profissional ou pessoal.
É fato que hoje em dia existem dois tipos de pessoas: as pessoas que se perguntam por que deveriam fazer intercâmbio e as que trouxeram na bagagem uma experiência transformadora. Se você já fez intercâmbio, deixe seu comentário, contando qual foi o principal impacto que essa experiência causou na sua vida? Você pode ser o incentivo do próximo intercambista.
